Ascom FIMUS
14 de jul. de 2024
O segundo dia do XV Festival Internacional de Música de Campina Grande e 8° FIMUS foi marcado pelo reconhecimento das raízes do Nordeste com roupagem jazzística
A Orquestra Rubacão Jazz, liderada por Alexandre Magno, é o resultado de um projeto de extensão realizado na Universidade Federal da Paraíba - UFPB em 2013, que continuou nos palcos após o final do projeto. Os músicos da banda trazem os mais diversos gêneros musicais para o formato de jazz, como é feito com as músicas de frevo apresentadas no festival. Além de estarem presentes no âmbito acadêmico, a banda continua ganhando reconhecimento nacional, participando de eventos e festivais em diversos lugares do Brasil.
O maestro Alexandre Magno, músico e professor universitário, contou um pouco sobre a experiência de tocar no Teatro Severino Cabral em Campina Grande - PB. Alexandre disse que, para esse programa, o grupo "pensou numa coisa muito conceitual, porque esse teatro inspira tudo isso. Do mais erudito ao mais popular, trazer pluralidade para o evento. Estilisticamente falando plural, mas com um nível técnico mais alto possível. ”
O integrante Rodrigo Alves, músico que toca sanfona na banda, falou qual o sentimento de trazer combinar os elementos regionais do Nordeste com a linguagem do jazz: “Fica fácil porque é a nossa essência, como a sanfona ela tem essa amplitude, onde a gente coloca ela se encaixa bem. A proposta da Rubacão Jazz é isso, é unir o clássico com o nordestino. Nada mais que a sanfona para representar isso. ”
O público presente ao segundo dia do Festival prestigiou a junção de forró, jazz e frevo de forma única durante o show da banda, como podemos ver no relato de Itamara Cristina, professora, que falou sobre suas impressões: “Não é minha primeira vez no Festival, já tinha vindo outras vezes. E eu vim prestigiar mais uma vez esse ano, foi muito bom, uma apresentação incrível, o pessoal excelente, com uma conexão muito boa com o público”.
Murilo Oliveira, músico de Brasília - DF, também ressaltou como foi prestigiar a banda no evento: “É bem acessível deixar a música clássica e nordestina, traz para esse lugar de representatividade, super importante e super válido. Gostei demais do show de hoje.”
Os elementos da cultura regional estão presentes no trabalho de diversos grupos que participam do FIMUS, o que dá ao Festival uma característica muito particular. A Rubacão Jazz é um exemplo e, por meio do seu trabalho, tem levado aos mais variados palcos o melhor da música do nosso povo, tempo e lugar.
Ascom FIMUS: Luana Nunes (Reportagem), Matheus Oliveira (Produção), Julia Nunes (Fotografia), Hermano Junior e Karla Nóbrega (Edição)